A Casa do Rio Vermelho

A casa do Jorge Amado e da Zélia. A estrutura principal da casa foi mantida, mas foram feitas adaptações para receber o público. Além da visita guiada, há exibições de áudio e vídeo ao longo da visita. O casal Zélia Gattai e Jorge Amado viveram nessa casa por 40 anos, quando o Rio Vermelho ainda era uma área de veraneio. Eles recebiam muitos amigos ilustres como o escritor chileno Pablo Neruda, o compositor, Tom Jobim e os artistas Carybé, Picasso e Mario Cravo.

Você encontra obras de arte dos amigos por cada canto da casa. Um sonho! Azulejos pintados por Carybé e espalhados por toda a decoração da casa. Os símbolos representam os orixás de Zélia e Jorge.

O passeio começa na varanda onde há duas janelas: uma que fala sobre a infância de Jorge e a outra que conta um pouco sobre as histórias de viagens do casal. A visita continua pela sala principal, onde eles faziam as refeições e onde Jorge Amado costumava sentar para escrever. A máquina de escrever de Jorge Amado continua exposta nessa sala. Os “buracos” perto do teto foram pensados para aumentar a ventilação da casa.

Quando as visitas à casa aumentaram, Jorge Amado construi uma casinha no final do jardim, para se isolar no seu processo criativo. Essa casinha não está aberta para visitação.

Saindo da sala, a visita mostra o quarto de hóspedes e vai direto para a cozinha. A cozinha me trouxe uma nostalgia imensa, voltei ao tempo de criança e me senti entrando na cozinha da casa dos meus avôs. Como a casa e a cozinha ficaram pequenas para a família e amigos, o casal comprou a casa ao lado e a incorporou na primeira casa. A cozinha foi ampliada com a nova casa e hoje conta com uma exposição de comidas tipicamente baianas.

A visita segue pela biblioteca, quarto do casal, closet com roupas originais, uma árvore genealógica feita de bonecos e chega na área externa, onde está o Lago dos Sapos, construído pelo memorial. Uma homenagem a paixão do Jorge: os sapos.

Saindo da casa está uma varanda com uma coleção incrível de objetos de arte popular trazidos das viagens que fizeram pelos quatro cantos do mundo. O local é super ventilado e eu fiquei imaginando o casal sentado ali, lendo um livro.

A última parada é dar uma volta pelo jardim da casa, onde você encontra dois gazebos: um que fala sobre as amizades do escritor e o outro sobre sua relação com o candomblé.

Cada detalhe dessa casa é absolutamente lindo! Por onde olhar, você estará rodeado de arte, literatura e amor. É possível sentir como aquele espaço era especial….!